LÍDER RECONHECE O ERRO E MUDA – PARTE I
“Temos uma facilidade incrível em perceber as falhas dos outros e acreditamos que somos perfeitos”
Gilson Lírio
Escrevi outro artigo mencionando que o líder é humano e, por isso, também comete erros.
Mas, como mudar se não se reconhece que errou?
Temos uma facilidade incrível em perceber as falhas dos outros e acreditamos que somos perfeitos. Se há uma falha, é do outro, nunca nossa! E quantos têm essa mentalidade? Acham que são perfeitos e superiores aos seus liderados em tudo.
Será que não ocorre isso com você em algum momento? Você está disposto a fazer uma análise sobre a sua liderança?
– Valorização da pessoa e equipe
Todo ser humano gosta de ser valorizado e sei que você sabe bem disso. Mas as pessoas têm maneiras diferentes de serem valorizadas. Exemplo: Tem gente que se sente realizada quando é chamada à frente de todos para ser elogiada, outras sentem um constrangimento tão grande que são capazes de não ajudar mais só em saber que serão expostas.
Ninguém gosta de ser esquecido, mas nem sempre comunicará qual sua maior habilidade sem que alguém pergunte. Apesar disso, muitos líderes não se preocupam em conhecer melhor as pessoas, acreditando que os liderados é quem devem procurá-lo para desabafar, para apresentar um projeto, etc. Mas, será que há liberdade para isso? Será que a cobrança e o pouco caso não superam a abertura ao diálogo?
Tem gente que não faz além do que mandam ou se tornam reativos pelo simples fato de não se sentirem motivadas. E muitas conhecem mais o líder do que este imagina.
O líder fala: Você não propõe! Você não ajuda! Você não participa!
Já presenciei situações em que o líder aceita que dêem opiniões, mas ele é tão fechado na sua convicção que sempre o que prevalece é a sua proposta. Por mais que dizem que outra sugestão é melhor, ele sempre bate na mesma tecla. O liderado, percebendo isso, prefere ficar quieto. Não precisa ser um arrogante ou falar alto para os liderados se sentirem bloqueados a opinar. Basta ele não se sentir parte do todo e, quando suas opiniões nunca são consideradas, ele se constrange.
Existem situações em que o líder acredita que basta chamar os liderados para um almoço de equipe, que todos se sentirão incluídos. Eu mesmo já acreditei nisso! Mas se durante aquele almoço ou outro tipo de encontro alguns forem ouvidos, mas o líder não conseguir inserir todos na conversa, alguém vai se sentir um “peixe fora d’água” e isso será o suficiente para ele nunca mais querer participar desse tipo de encontro.
Lembre-se: O líder de verdade pratica a Lei da Ligação! Essa lei é percebida quando o líder não pensa apenas em comunicar seus projetos, mas ajudar os liderados para que seus projetos também sejam um sucesso. Você já mostrou interesse pelos projetos do seu liderado?
John C. Maxwell diz com muita propriedade: “As pessoas precisam primeiro aceitar o líder para depois aceitar sua visão!”
Claro que temos que investir em encontros informais (almoço, café, futebol com a equipe, etc.), mas isso não é o suficiente para a pessoa se sentir incluída em uma organização. Ela precisa se sentir amada, respeitada e, para isso ela precisa ser ouvida e atendida.
Você é capaz de avaliar seu relacionamento com seus liderados refletindo sobre esse ponto?
Como você valoriza as pessoas em sua organização? Como você as insere em sua equipe?
Não temos dúvida que é um relacionamento de mão dupla e, se uma das partes não estiver interessada, isso não ocorrerá; mas você que é ou pretende ser um líder, tem que se esforçar para que haja esse interesse da outra parte.
Reconheça sua falha se houver e corrija em quanto é tempo!
Pense nisso
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Um forte abraço e fique com Deus
GILSON LÍRIO